Suicídio, Deus e o Inferno…

Publicado: 21/01/2010 por Duarte Henrique em Devocionais
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Fala galera, tudo bem? Em Deus, sempre.

Resolvi escrever sobre esse tema, pois o acho muito interessante. Deixo claro que NÃO ESTOU INCENTIVANDO NINGUÉM A NADA, TAMPOUCO ROMANTIZANDO OU APROVANDO O SUICÍDIO! Isso deve ficar bem claro. Apenas desejo que reflitamos sobre o assunto. Muito embora possamos estar vivendo uma época de banalização do suicídio, creio que o exposto aqui continua, em boa parte, válido. A opinião expressa aqui não é a defendida por nossa denominação, e nem pela maioria dos cristãos ou denominações cristãs. Desculpem o tamanho do texto, mas o assunto é complexo, e ainda assim busquei ser sucinto.

Semana passada, terminei uma releitura que estava fazendo do romance Werther, do Goethe. Aqueles que já leram esse romance sabem se tratar de uma obra de profundidade ímpar. A história narra o idílico e proibido romance surgido entre Werther, jovem idealista e emotivo, e a singela Charlotte, jovem inteligente e bela, porém comprometida. O romance tem um fim trágico, mas não muito raro na espécie: O suicídio de um dos amantes. Leiam se quiserem saber o de quem.

O fato é que essa releitura do romance me fez, novamente, refletir acerca desse fenômeno tão complexo que é o suicídio. Dispenso, aqui, reflexões históricas mais detidas sobre o tema, concentrando a discussão tão somente no âmbito da teologia cristã.

Penso que entre os cristãos, em princípio, exista, se não um consenso, ao menos uma idéia generalizada de que o suicídio seja sempre um pecado hediondo, conduzindo o autor categoricamente ao inferno. “Só Deus pode tirar a vida”, e argumentos derivados, são os principais fundamentos utilizados, apressadamente à meu ver, por aqueles que, muitas vezes sem refletir com acuidade sobre o assunto, atiram o suicida, com um juízo quase papal, à perdição. Contudo, a questão não é tão simples.

Veja-se, por exemplo, que a própria bíblia narra, sem reprovação alguma, no mínimo dois suicídios de forma bem clara: o de Saul e o de Sansão. Abstenho-me de rebater aqui os argumentos daqueles que procuram alguma justificativa para esses fatos, insistindo que não foram suicídios. Nos dois casos, os envolvidos, voluntariamente, tiraram a própria vida. Negar isso é simplesmente não querer enxergar os fatos. E contra fatos não há argumentos. Sansão, num momento de ira, com a ajuda do próprio Deus, se matou e matou também os filisteus (“E disse Sansão: Morra eu com os filisteus” Jz 16:30). Saul, acossado pelos inimigos e em profunda angústia preferiu se matar a ter que morrer pelas mãos dos gentios (“Então Saul tomou a espada, e se lançou sobre ela. I Sm 31:4). Além do mais, desafio qualquer pessoa a mostrar na bíblia uma condenação categórica e indistintamente feita ao suicídio, sem que tenhamos que recorrer a “achismos” ou deduções dogmáticas e subjetivas.

Pois bem, escrevo agora à luz daquilo que entendo ser o mais coerente com o cristianismo bíblico e, principalmente, com o Deus apresentado pelo cristianismo. Portanto, desligo-me daquilo que, em boa parte, tem sido a tradição do cristianismo eclesiástico e histórico. De maneira alguma desejo aqui catequizar alguém ou impor minha opinião. Desejo apenas lhes apresentar, ainda que sucintamente, um prisma diferente acerca dessa questão.

Diferentemente daqueles que pensam ser o suicídio mera covardia, imaturidade ou possesão demoníaca etc., penso, ao revés, que esse comportamento deve ser enxergado, na grande maioria dos casos, como uma doença da alma, uma patologia do espírito. Esse é também o argumento de Goethe no romance Werther. Sobre essa ótica, é no mínimo incompreensível a condenação feita ao suicida. O suicida é, na maioria dos casos, um doente, um depressivo ou um desesperado. Só Deus sabe a profundidade e complexidade do que se passa na cabeça de uma pessoa que opta por não mais ser, ao menos nessa dimensão. Alguém para quem o morrer passa a ser lucro… Nesse sentido, reprovar inexoravelmente a atitude de um suicida, sem ao menos buscar compreender as circunstâncias, seria o mesmo que criticar alguém porque está morrendo de um câncer ou de SIDA, por exemplo. Vale dizer, voltar-se para uma pessoa que está morrendo por causa de uma doença qualquer e dizer: “Porque é que você não se cura desse mal e sobrevive?”. Percebe-se logo ser algo descabido. Repito: só Deus sabe o que se passa na alma de uma pessoa assim, e só ele pode dar o veredicto final, por mais que recalcitremos contra essa idéia, sustentados em nossa frágil estabilidade emocional.

Aliás, não pensemos que estamos imunes às oscilações psico-fisiológicas. Já vi muita gente por aí dizendo que “depressão não é coisa de crente”. Deus queira que tais pessoas jamais passem por uma situação que as conduza a esse estado, pois não somente perderiam a estabilidade emocional, mas provavelmente a fé, fundamentada em alicerces duvidosos. O grande pregador inglês do século XIX, Charles Spurgeon, por exemplo, tinha profundas crises de depressão. Às vezes, analisando alguns dos salmos de Davi, penso que ele também tinha profundas crises de depressão. As coisas do espírito são mais complexas do que imaginamos… Se possível for, que Deus passe sempre esse cálice de nós…

Nunca tive de ir ao funeral de alguém que tenha cometido suicídio. Porém, se algum dia tiver que ir, irei sem nenhum temor ou constrangimento. Consolarei a família daquele que partiu, e compartilharei a dor com eles. Olharei então para aquele que se foi e, dentro de mim, serenamente direi: “Quem sou eu para julgá-lo amigo? Vá em paz”. Afinal, é muito fácil fazer juízos categóricos do alto de nossa arrogância. Sei que no fundo, o amor de Deus é muito maior que uma visão dogmática e limitada criada por algumas de suas criaturas, e haverá de acalentar aquele coração perturbado e atordoado a tal ponto que até da vida desistiu. No infinito, sei que tal espírito haverá de encontrar a paz que esse mundo não pode lhe dar e que, por algum motivo incognoscível, não estava nos planos de Deus que ele a encontrasse por aqui de modo algum.

Abraços.

comentários
  1. Cristiane Novais. disse:

    Artigo profundo;polêmico,porém coerente.

  2. Roberto disse:

    É de fato assustador saber que se compartilha algo com os Pátio-Brasil-Emo-voadores… Mas a graça é para todos. Fato.

  3. Josué Flausino disse:

    Boa visão.

  4. Rômulo de Barros disse:

    Na verdade, o suicida não deseja dar cabo à sua vida, almeja acabar com a dor, com o sofrimento, com a angustia, com o desalento.
    Interessante: o juízo de Deus para com os pecados já foi consumado. Na cruz o preço pago foi… Ora, o suicídio é o homicídio de si mesmo – um pecado, portanto. Mas, estaria ou não esse pecado incluso dentre os que foram redimidos? Não foram todos? Agora é dizer: suicidar-se é um ato de não-fé? Suicidar-se é negar a Cristo?

    Noutro sentido, concordo com o Mestre Duarte, acho que nós, pobre viventes, temos que trocar o guarda-roupas: tirar a toga de juizes do trono branco e vestirmos panos de saco… Só assim deixaremos a espúria mania de querer julgar a salvação dos outros!

  5. Se o homem foi alcançado pela Maravilhosa Graça de Cristo, não será o suicídio que o arrebatará de Suas mãos.

    Paz e Graça.

    • Thiago Borges disse:

      Esse assunto é bem polêmico, entretanto serei informal e simplicista em minha colocação.

      Não acredito que o suicídio seja um doença, mas uma consequência de uma vida sem Deus. Em outras palavras, uma vida que não busca a Deus, que não vive a plenitude da alegria de Cristo.

      No caso de Saul, a narrativa é clara quando cita que o Espirito de Deus o havia deixado e um espirito maligno o atormentava. No caso de Sansão não há o que argumentar, entretanto, a bíblia não fala que Sansão foi salvo, tampouco Saul que havia sido rejeitado pelo Senhor.

      Davi é tão claro quando diz: “.. Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo.”. Indepente da situação em estivermos passando, independente das circunstâncias, nossa alegria e fé está fundamentada em Cristo. Ele é nosso refúgio e fortaleza, Ele é quem nos sustenta. Ele é nossa alegria.

      Se o suicídio não fosse imperdoável, então pergunta-se:

      A) Por que viver, se posso estar na frente de Cristo, nos lugares celestiais … agora neste exato momento?

      B) Por que Cristo diz: no munto tereis aflições … mas eu venci, se não preciso enfrentar nenhuma aflição?

      Este é possível tratar de um assunto tão delicado em um blog, mas de forma simples deixo algumas pequenas considerações.

      Abraço a todos.

      • Thiagão meu amigo…

        Acho que não podemos desprezar que existe uma anomalia psico que leva alguém ao suicídio. Falar somente que é falta de Deus na vida é muito vago. Qual é a porcentagem de pessoas que vivem esta plenitude de Deus?

        Mesmo vivendo essa a “plenitude da alegria de Cristo” estamos imunes a doenças (físicas e psíquicas)?

        É a mesma coisa de afirmar que quem NÃO vive a plenitude de Deus terá “pragas” da vida sem Deus… Pobreza, fome, miséria, catastrofes naturais, doenças…

        Sinceramente todos nós estamos sujeitos a este mal… Uns conseguem se aproximar de Deus para que Ele nos dê força, direção e empenho para passar por tudo isso… Mas infelizmente não é todo mundo que consegue.

        Pense bem!

  6. Lima disse:

    Thiago irmão querido, a Bíblia fala sim de Sanssão. Hb.11.32. A salvação é fruto de arrependimento e fé, e ele está na galaria dos herois da fé. tenho certeza que o irmão não lembrou.

    • Thiago Borges disse:

      Paz, Lima.

      Esse versículo realmente me fugiu a mente e concordo plenamente com vc, entretanto, este fato está ligado a interpretação do ocorrido naquele dia.

      Após reavaliar o caso de Sansão, cheguei a conclusão que não houve suicídio. Não irei me aprofundar, mas tentarei de modo simples explicar a conclusão.

      Uma das definições de suicídio é: “A atitude individual, de livre arbítrio, de extinguir a própria vida por ato deliberado, podendo ser causada por vários fatores como, por exemplo, problemas de nível emocional, sentimental, até econômico (…)”.

      Analisando o caso de Saul fica evidente o suicídio, tendo em vista que, de modo deliberado, este quis retirar a sua vida.

      Analisando o caso de Sansão, a priori, também chegamos ao suicídio, entretanto, em uma análise melhorada do caso elimina-se esta conclusão. Analisemos os dois versículos base:

      Jz 16: 28 – “Então Sansão clamou ao SENHOR, e disse: Senhor DEUS, peço-te que te lembres de mim, e fortalece-me agora só esta vez, ó Deus, para que de uma vez me vingue dos filisteus, pelos meus dois olhos”.

      Jz 16: 30a – “E disse Sansão: Morra eu com os filisteus. E inclinou-se com força, e a casa caiu sobre os príncipes e sobre todo o povo que nela havia; (…)”.

      Normalmente, nos apegamos ao v30 para alegarmos caso de suicídio, entretanto, conforme o v28, não houve a intenção ou vontade de suicídio, mas de vingança. Diferentemente do caso de Saul, o intento de Sansão era vingar-se dos filisteus por tudo aquilo que haviam lhe feito, por todo o sofrimento que haviam lhe causado até aquele momento. Além disso, ele sabia muito bem que independente do que acontecesse, ele iria morrer.

      Como falei não irei me aprofundar muito, mas em uma análise inicial, chega-se a conclusão que Sansão não se suicidou, por isso, seja considerado um dos heróis da fé.

      Se isso ainda não for suficiente, então irei um pouco mais.

      Abraço a todos.

      • Roberto disse:

        Thiagão, vá um pouco mais. Se a vingança justifica, como ficam os kamikazes que se matavam pelo país? É suicídio ou “dever para com o Estado”?

        • Thiago Borges disse:

          Olá Roberto.

          Confesso que achei a pergunta o tanto quanto estranha, mas vamos lá.

          Primeiro, você sabe muito bem que os kamikazes são suicidas declarados e reconhecidos na história. Mas do que dever para com estado, no caso o estado do Japão, a cultura japonesa não admite derrota, fracasso, ou semelhantes. Os japoneses prezam acima de tudo a pátria e a honra familiar (o nome da família). Existem várias versões sobre a origem dos kamikazes, entretanto, sabe-se que lhes era melhor morrer em prol da pátria do que ser prisioneiros em terra estrangeira, este último significava vergonha e desonra para a família e a nação.

          Segundo, a vigança não justifica nada, entretanto, a questão abordada, sem entrar nos demais méritos da questão, é ser houve ou não a intenção confessa de se matar, ou de tirar a própria vida. No caso de Sansão não houve a intenção.

          Abraços.

          • Discordo de que Sansão não teve a intenção de se matar…

            Jz 16: 30a – “E disse Sansão: Morra eu com os filisteus.”

            Vamos dar um passo a frente nesse debate minha gente.

      • Thiagão meu amigo…

        Muito bom o seu debate. Realmente mostra a maturidade da juventude em discutir os temas mais complexos com total respeito. Infelizmente isso é para poucos. Você discorda da maior parte dos argumentos e tenta sustentar a sua idéia com esse debate sadio. Quem dera se a metade que lesse esses nossos debates, publicasse pelo menos um “Não concordo com nada” ou “Concordo em partes”. Na verdade preferem ficar na oculta e recriminar quem está debatendo. Provavelmente estão preferindo o “caos” (fofocas e disse-me-disse) que sempre tivemos em nosso meio.

        Voltemos ao debate: Não tente explicar o que não tem explicação… Sansão sabia que iria morrer: Isso é o quê para você? Antes mesmo de derrubar as colunas ele já avisou: “Morra eu com os filisteus.” Na consciência dele era um motivo de vingança… O motivo de Saul foi o orgulho de não morrer nas mãos dos inimigos.

        Como na bíblia não fala sobre a salvação dos dois, bola para frente… Quem sou eu para ficar aqui especulando. Vamos partir para a próxima questão… O debate parou numa parte que não é muito produtivo. Entende?

  7. Fabricio disse:

    ” Não tema pelo fim da sua vida,
    Tema que ela nunca comece.”
    Grace Hansen

  8. Lima disse:

    Thiago, muito boa a exegese. Você não está longe da verdade. Saul não era um eleito.

  9. anônimo... brincadeira.... Álvaro Duarte disse:

    Olá pessoal,

    Como algumas das pessoas mais próximas já sabem, eu sou um tanto quanto avesso a conversas, principalmente as que são assim como esta, pela internet, mas, às vezes, é impossível permanecer inerte. Sinceramente temo que às vezes nossas conversas aqui no blog se aproximem de uma MERA RIVALIDADE INTELECTUAL, alguns gostam de ser polêmicos (me desculpe duarte…hehehe… mas ainda bem que temos pessoas que nós provocam, pois assim, se soubermos dialogar, poderemos crescer), e outros apenas parecem discordar por discordar, sem ao menos refletir sobre o que realmente é dito ou relevar realmente o ponto de vista de outro( Lembremo-nos, por exemplo, dos infelizes problemas que os jovens que freqüentam estes saudável ambiente passaram na igreja). Vamos dialogar!

    Enfim, eu evidentemente acho que Sansão não perdeu sua salvação ao se suicidar ou, se quer, que o suicídio seja uma ação que comprometa definitivamente a salvação, concordo com muito do que o Duarte diz sobre a questão e também com Goethe. A PRÓPRIA BÍBLIA NÃO ME CONVENCE DO CONTRÁRIO.

    Agora, honestamente, não sei o que é pior: [1] considerar que alguém pode ser salvo mesmo após ter cometido algo tão terrível quanto o suicídio ou [2] considerar alguém um HERÓI NA FÉ porque agiu movido pela raiva e o desejo de vingança. Talvez exista alguma incoerência aqui, sejamos mais razoáveis.

    Abraços fraternais,
    Álvaro Duarte

    PS: obrigado por ter praticamente falado o final do livro Duarte.

  10. Isabel disse:

    Olá Duarte :)
    Gostei muito do seu texto. Parabéns pela coragem de falar sobre o assunto.
    Acredito que esse tema deva ser analisado com muita cautela, devido aos impactos que isso pode causar. O próprio livro Werther de Goethe foi considerado o responsável por uma onda de suicídios na Europa, o número de suicídios era tão alto que deixou de ser publicado e o livro foi proibido de entrar em diversos países.
    Quanto a ser pecado ou não, ir para o inferno ou não, são questões que sempre me intrigaram, embora minha opinião esteja tendendo a concordar com a sua.
    Quem sou eu para dizer quem vai para o céu? Se Deus pode ter perdoado até Hitler por seus pecados tenebrosos, o que Ele não pode mais fazer?
    Beijoss.

    • Duarte Henrique disse:

      É dona Isabel, realmente é um dilema antigo, vem da época de Platão: O que é melhor, mantermos o status quo com ilusões, ou corrermos os riscos da verdade? Eu prefiro a verdade…
      O livro realmente causou muito impacto à época ao que tudo indica. Pudera, é muito profundo. Nem todos estão preparados. Lembra um pouco a filosofia do livro de Eclesiastes.

      Abraços!

  11. Cláudio Lima disse:

    Lá vou eu…
    Se vc reage a uma assalto (violência no caso) e mata o assassino e porém vc também morre, vc se suicidou??? O que Sassão fez foi reagir com violência a uma atitude violenta dos filisteus, e com isso ele matou e morreu.
    Já Saul preferiu se matar que enfrentar os problemas, ele poderia ter enfrentado os seus opositores e talvez até não viesse a morrer, mas ele não quis assim, ai está a diferença.
    Agora, sem menosprezando nenhuma doença, nós também não podemos menosprezar a Deus, acredito que Ele é capaz de nos trazer cura, consolo e refrigério em qualquer situação, Jesus levou sobre si tudo isso, não sendo uma atitude correta cometer o suicídio para melhorar sua situação.
    Se alguém comete suicídio e é salvo ou não, só tem um jeito de saber, e eu não aconselho a ninguém.

    • Thiago Borges disse:

      Olá Cláudio !

      Em João 10:10, Jesus diz: O ladrão não vem senão a ROUBAR, a MATAR, e a DESTRUIR; eu vim para que tenham VIDA, e a tenham com ABUNDÂNCIA.

      Diante disso, cito mais duas coisas:

      1) A bíblia faz menção de que Cristo é o Pão da Vida, a Água da Vida, a Fonte da Vida e não encontrei, nem encontrarei, nada diferente disto. Quem tem Cristo, tem Vida.

      2) A bíblia não cita nenhum herói da fé ou apóstolo que tenha se suicidado. Chego a dizer que as situações e circunstâncias que estes passaram pouquíssimos em nossos dias suportariam ou estariam dispostas a enfrentar.

      Abraços.

    • Fala aí Cegão,

      Acho que não dá para comparar a reação nossa em um assalto (quase instintivamente ou sem pensar) com a de Sansão. Ele teve tempo de sobra para planejar a vingança (sabendo que iria morrer).

      Entendes?

      Só passei para dizer isso meu amigo. Fica com Deus

  12. wilson -campinas disse:

    Essa postura do Duarte é a mesma postura de meu ex-pastor e professor de seminário Teológico. Aconteceu com ele à suas vistas. Uma irmã colaboradora da igreja e também obreira, aos poucos foi ficando depressiva e foi piorando a cada dia e resultou em suicídio. Por isso, a depressão como uma patologia, a morte seria o escape do sofrimento.Mas, só Deus conhgece o nível da doença e pesar o ato de suicidio com o sofrimento da doença. Um abç;

  13. Duarte Henrique disse:

    Olá meus amigos, como estamos? Pelo que vejo, bem.
    Fico feliz em ver que mais uma vez estamos crescendo. Esse blog é uma benção!
    Inicialmente, gostaria de reiterar que EM MOMENTO ALGUM EU APROVEI O SUICÍDIO, SOMENTE REFUTEI A TESE DE QUE TODO SUICIDA VAI, CATEGORICAMENTE, PARA O INFERNO. É uma visão simplista, dogmática, papal…
    Thiagão (Borges), dizer que Sansão não cometeu o suicídio é ir contra qualquer lógica textual ou exegese possível. Ele foi claro ao afirmar “morra eu com os filisteus”, será que ele tinha alguma dúvida de que morreria? É óbvio que não. Ele deliberadamente derrubou as colunas sabendo que morreria por isso. Na verdade o suicídio dele foi semelhante ao “Haraquiri” japonês, ou seja, ele estava usando sua morte para lavar a honra, e não por vingança, como você havia afirmado. Você mesmo fez confusão no começo dizendo que era suicídio, e depois disse que não era.
    O suicídio de Saul foi, para mim, um ato de respeito a Deus, pois ele não aceitava a idéia de ver o rei de Israel ser morto por incircuncisos. Ele sabia que o reino não era mais dele. Saul pode até não ter sido eleito para o reinado perpétuo, mas, no fundo, era temente a Deus. O problema é que ele era humano, demasiadamente humano…
    Outra coisa, o mesmo Davi que em muitas ocasiões esteve alegre, em outras disse: “A minha alma está perturbada” (Sl. 6:3); “Até quando consultarei com minha alma, tendo tristeza no meu coração cada dia?” (Sl. 13:2); “Tem misericórdia de mim, ó SENHOR, porque estou angustiado. Consumidos estão de tristeza os meus olhos, a minha alma e o meu ventre” (Sl 31:9); “Porque estou prestes a coxear; a minha dor está constantemente perante mim (Sl 38:17), paro por aqui, lhes pouparei tanta melancolia. E o que dizer então do próprio Jesus, que num momento de profunda angústia disse: “Então lhes disse: A minha alma está cheia de tristeza até a morte; ficai aqui, e velai comigo” (Mt 26:33). E Paulo, que em determinado momento, diante de tanto sofrimento, disse que a morte seria lucro? (Fp 1:21). Ora, por que é que Davi, Paulo e Jesus não estavam Alegres? Por que é que Jesus não estava saltando de alegria antes de sua morte? A resposta é simples: Eles eram realistas! Existem momentos em nossas vidas que realmente gostaríamos de morrer mesmo. Porém, graças a Deus por isso, a maioria de nós (por conta de família, amigos, valores etc.) consegue administrar essa situação. Mas como eu disse, tem pessoas que não conseguem lidar com a situação, pois tem a alma e o espírito afetados por essa vontade mórbida e doentia, por essa patologia do espírito, insisto, que é o suicídio ou a vontade de se matar, na grande maioria dos casos.
    Amigos, nós temos é que ter cuidado, pois se não for a graça de Deus em nossa vida, não podemos dar garantias de nada.
    Entendam, quando lhes apresento algum assunto aqui é para fazer com que reflitam e saiam dessa visão fechada que muitos de nós temos em relação a muitos assuntos. Não quero que ninguém concorde ou deixe de concordar comigo, só quero que pensemos e reflitamos, isso já é o bastante. “Viver é muito raro, a maioria só existe” Oscar Wilde.
    Abraços meus amores, e não se matem!

    • Thiago Borges disse:

      Olá, Duarte.

      Não vou mais comentar sobre esse assunto, para evitar maiores envolvimentos, principalmente, devido as proporções que seus artigos tem tomado diante da igreja, da liderança e dos pastores.

      Todavia, deixo claro minha discordância de sua visão e interpretação bíblica (em muitos pontos), muito HUMANA e CÉTICA. Infelizmente a conclusão de que Sansão foi suicída e Saul o respeitoso de Deus para mim é distorcer demasiadamente as verdades bíblicas.

      Digo que falta-lhe o Espirito Santo como verdadeiro professor de Teologia.

      Um grande abraço.

      • Valeu Thiagão,

        Num debate tem que ter quem defenda e quem seja contra o que foi exposto. Enriquece a todos que participam ativamente dele (não apenas lendo, mas também comentando).

        Precisamos crescer e muito ainda neste aspecto. Já vejo essas situações (as proporções que esses debates tem levado) como um grande avanço. Gera incomodação, gera repercussão e, porque não, gera conscientização. É muito bom.

        Thiago meu amigo…

        Louvo a Deus a sua coragem (de poucos) de se expor com as suas opiniões. Louvo também a coragem do Duarte, Rômulo e do Estevam, que nos trazem debates enriquecedores. Esse blog tem virado um verdadeiro “Beréia Virtual”. Sigamos a frente! Não deixemos de expor as nossas convicções onde estivermos (inclusive neste mundo virtual).

        Agora larga do pé do Duarte em relação ao Espírito Santo heheheeheh Acho que você pegou pesado na última frase hein?

        Fica com Deus

        • Thiago Borges disse:

          Fala, Dário.

          Tenho grande consideração pelo Duarte, Rômulo, Estevam, vc … pessoas nais quais conheçemos e convivemos à um tempo. Também acredito que debates, desde que frutíferos, são excelentes para nosso crescimento espiritualmente e convicção de fé.

          No entanto, não posso ignorar o fato de que:

          1) Existe diferença entre esclarecimento e heresia. Debates frutíferos são muito enriquecedores, quando estes visam abrir a nossa visão quanto as verdades bíblicas. Entretanto, quando passamos de verdades para heresias baseadas, meramente, na razão e raciocínio humano, então a coisa começa a caminhar por caminhos incertos, duvidos e perigosos.

          2) Uma coisa que precisamos ter em mente é que existe um grupo de pessoas que não possuem suas convicções totalmente firmadas na rocha que é Jesus, ou seja, ainda fazem somente parte da multidão e existem muitas destas nas nossas igrejas. Debates e ensinamentos como este pode causar prejuízos inreparáveis. Paulo tinha o cuidade de ensinar somente o que lhe era devido e que as pessoas eram capaz de entender e compreender.

          3) Fazemos parte de uma igreja (instituição religiosa) cujos ensinamos são sólidos. Não podemos simplesmente ignorar que pertencemos a Assembleia de Deus M. M e que existem ensinos que nunca serão mudados, simplesmente pelo fato de serem os alicerces da nossa instituição.

          4) Me desculpe, mas quem não acredita não Espirito Santo, não pode acreditar em Deus, nem em Jesus. Não reconheço fonte de conheçimento, de sabedoria, de ensinamento que não provenha do Espirito Santo. Fé não tem razão e infelizmente estamos tentanto racionalizar Deus, Jesus, Espirito Santo, Reino de Deus, Reino dos Céus.

          EU JÁ FALEI PARA O DUARTE QUE O ESPIRITO SANTO PRECISA PEGAR ELE. SÓ ASSIM ELE ESTARÁ APTO PARA ENTENDER MUITAS VERDADES.

          Abração a todos.

          • Thiago,

            Concordo sobre a sua afirmação sobre o Espírito Santo, mas agora pega mal você dizer que o Duarte não tem Ele… Cuidado com as suas afirmações. Tá partindo muito para o lado pessoal. Fico a imaginar o que você não faz nas conversas de corredores.

            Acho que deveríamos avançar no debate e não ficarmos indo e voltando para fazer algumas afirmações sem fundamento.

            Você faz parte de uma nova geração de obreiros de nossa igreja, mas infelizmente está ainda com a mente antiga.

            A sua afirmação de que em nosso meio existem muitos que não tem a sua vida firmada na Rocha, e que debates como esses podem gerar danos irreparáveis, serve também para as atitudes dos 100 anos da nossa igreja. Quais e quantos foram os danos irreparáveis para os que já passaram por nossas igrejas? Quantos estão fora da igreja porque não podiam usar short, jogar futebol, cortar o cabelo, usar calça, etc…

            Vem cá? SUPONDO QUE perante Deus o Duarte estiver certo e você errado… Isso vai abalar a sua fé? Fica parecendo que sim sabia? Nunca vi tanta convicção em defender uma posição…

            Me perdoe qualquer coisa… Somos irmãos em Cristo e não será uma divergência dessas que tirará a nossa comunhão. Quando nos vermos pessoalmente terminamos essa discussão (de preferência num ringue hehehehe)

            Fique com Deus.

      • Álvaro Duarte disse:

        Pessoal, vamos com calma!

        Eu gostaria, então, que você, que fala em nome do ministério da igreja e do espírito santo, me dissesse onde, EXPLICITAMENTE, está escrito na bíblia que aquele que pelas suas próprias ações tira a sua vida perde a salvação? Uma das coisas que entristece meu coração e que é PIOR do que ver alguém que defende um ponto de vista estranho com dignidade é ver o HOMEM se prender a DOGMAS e murmurar contra seu irmão.

        O amor irreleva a divergência pela tolerância’a falta dele faz o oposto.

    • Rômulo de Barros disse:

      humano, demasiadamente humano… Olha o Nietzche aí, gente!

  14. Rômulo de Barros disse:

    Suicídio é algo mais comum do que imaginam muitos aqui! Você que pensa: “oh! algo horrendo e diabólico” como taxado na Idade Média não sabe como esse problema social se alastra dia-a-dia. Estatisticamente os hospitais sempre estão cheio de casos de adolescentes que tentaram o suicídio…. Mas isso não é divulgado! A imprensa não dá atenção.

    Estagiando na 2ª Vara do Tribunal do Júri de Ceilândia não peguei só 1, 2, ou 3 inquéritos cujo objeto era o suicídio. Será que um não só a sociedade, mas também a igreja tem que se silenciar quanto a esse assunto? Devemos esconder que no nosso meio muita gente pode ter tendência suicida?

    Parabéns, Duarte, pela perspicácia em abordar o assunto!

    • Thiago Borges disse:

      Fala, Romulo.

      Concordo com vc quando diz que não podemos ignorar os fatos existentes na sociedade e igreja.

      Suicídio é um tema que deve ser debatido, mas á luz da bíblica sem distorcer as verdades contidas nesta.

      Abração a todos.

      • alvaro duarte disse:

        diga nos então quais são as verdades objetivas que a luz da bíblia você alcançou? mas não se esqueça de nenhum versículo desta vez.

    • Rômulo,

      Não temos como tapar o sol com a peneira: em nosso meio muita gente pode ter tendência suicida sim!

      Com certeza temos muitos doentes… Será que em nosso meio não existem inúmeros casos de “depressão profunda”? Isso aí é só um passo para este ato de desespero… Agora quem somos nós para julgar a profundidade desta doença? Alguém aqui já passou por isso para nos exemplificar?

      Não concordo coma afirmação do Thiago logo no início da discussão: “Não acredito que o suicídio seja um doença, mas uma consequência de uma vida sem Deus. Em outras palavras, uma vida que não busca a Deus, que não vive a plenitude da alegria de Cristo.”

      É como se afirmasse que quem vive “da plenitude da alegria de Cristo” não pode ter esse tipo de doença ou então é “maldição” de uma vida sem Deus.

      Uma outra polêmica que liga a isso é a total afirmação que o Haiti foi amaldiçoado com esse último terremoto porque o povo é praticante de vudu… E ai?

      • Thiago Borges disse:

        Fala, Dário.

        Pode ser que não me fiz entender.

        Em nenhum momento disse que ao termos Jesus Cristo, como nosso Salvador, somos seres intocáveis. Claro que não, o próprio Jesus disse que neste vida teríamos aflições, e olha que os desabores desta vida fez o nosso Jesus suar gostas de sangue.

        Depressão, angustia, tristeza, amargura; está para todos os humanos. Entretanto, quando temos Cristo, temos a convicção de que Ele está conosco, que não nos abandonará. A alegria de Cristo é a nossa força.

        O suicídio não é justificável, tampouco considero como doença. Quando falei sobre falta de Deus na vida, falei sobre a ausência da força que Jesus nos dá para enfrentarmos as situações desta vida, ou seja, falta do “EU VENCI”.

        Abraços

      • alvaro duarte disse:

        Pessoal, vamos com calma!

        Eu gostaria, então, que você, que fala em nome do ministério da igreja e do espírito santo, me dissesse onde, EXPLICITAMENTE, está escrito na bíblia que aquele que pelas suas próprias ações tira a sua vida perde a salvação? Uma das coisas que entristece meu coração e que é PIOR do que ver alguém que defende um ponto de vista estranho com dignidade é ver o HOMEM se prender a DOGMAS e murmurar contra seu irmão.

        • alvaro duarte disse:

          thiagão,

          Vamos nos ater ao tema discutido. Um dos pontos que mostra a ladro fraco quanto as idéias em uma discussão é quando, deixando de discutir as idéias, passamos a discutir as pessoas que as descutem, procurando atingí-las e desprestigiá-las.

          Abraço

  15. Cláudio Lima disse:

    Tenho consideração a todos aqui do blog, mas não por isso posso entender que o suicidio pode ser considerado em hipótese alguma um ato de uma pessoa que tenha Jesus (dimensão do sacrifício de Jesus na cruz) e quem não aceita este sacrifício não tem condições de ser salvo. Mas como bem disse o Thiago, paro por aqui, não vou mais polemizar.

    • alvaro duarte disse:

      No portal do correio hoje (26/01)
      Um link interessante que aborda o tema

      http://www.dzai.com.br/correioweb2/noticia/montanoticia?tv_ntc_id=28997

      • Outro tema polêmico: Eutanásia… Bagaceira no caminho da feira!

        • Isabel disse:

          E suicídio assistido.

          • EUTANÁSIA, delimitando o tema um pouco mais:

            1. Ortotanásia: É aquela em que são desligados os aparelhos que “manteem” a vida da pessoa; não há qualquer provocação de terceiro; é um processo natural;
            – Etimologicamente, ortotanásia significa morte correta: orto: certo, thanatos: morte.

            2. Eutanásia: É aquela que é PROVOCADA por terceiros, movidos de compaixão, misericórdia, dó etc, com o fito de dar cabo à vida do enfermo para lhe evitar maiores sofrimentos;
            – Etimologicamente, a palavra eutanásia significa boa morte ou morte sem dor, tranqüila, sem sofrimento. Deriva dos vocábulos gregos eu, que pode significar bem, bom e thanatos, morte

            3. Distanásia: É o oposto da ortotanásia, ou seja, nesse caso há a intervenção de terceiros, mas dessa vez para se prolongar a vida do doente, se utilizando de tratamentos inuteis ou infeficazes, “DILATANDO O SOFRIMENTO” deste.
            – Etimologicamente, distanásia significa morte prolongada: dis: não, thanatos: morte.

            Vi isso em Biodireito…

            é uma matéria interessante, todavia, complicada de se opinar de forma contundente…

            Até porque Deus dá a vida e a leva da forma como entender melhor, e seria leviano da minha parte, ou de qualquer outro, fazer afirmações absolutas acerca do tema….

            Abraço e até mais…

            PS.: Vou postar um tema um tanto quanto polêmico blz… (surpresa)

          • Rômulo de Barros disse:

            Oba! Polêmica! Vamos que vamos!

  16. Rômulo de Barros disse:

    Não sei se entendi o Duarte, mas pelo que vi, ele não apresentou no artigo uma afirmação categórica e simples: “todo suicida é salvo!”. Ele expôs alguns meandros que envolvem o ser humano impelido a essas tendências e concluiu que nós devemos ter cuidado ao julgarmos sua situação diante de Deus.

    Entendo eu, que o Duarte quis colocar uma vírgula nos nossos pensamentos e não um ponto final.

    Acho que a gente está levando muito ao extremo os lados!

    Agora, sei lá, preocupa-me a tendência de alguns comentários em colocar o cristão como um super-homem, alheio a problemas a conflitos. Acho isso impossível! Muita gente aqui certamente não sofreu com depressão, mas quantos de nós não tivemos tristezas profundas (morte dum ente querido, decepções)?

    • Roberto disse:

      Galerinha, lógica básica:
      Todo suicida vai para o inferno? Falso segundo o texto do Duarte
      Todo suicida vai para o céu? Nada se pode afirmar segundo o texto do Duarte
      Suicídio é pecado? É feio? É amarelo? É teológico? É costume dos emos? Sansão foi para o inferno? O Ministério do Evangelho Elíptico condena? Nada se pode afirmar segundo o texto do Duarte. Não podemos tirar conclusões verdadeiras de premissas falsas (ou inexistentes). Isso não dá um raciocício correto. Vamos viajar só na maionese, nada de por outros molhos na comida dos outros.

  17. Lima disse:

    Irmãos o texto é longo, mas pode esclarecer alguns pontos.
    Pode uma pessoa que comete suicídio, ser salva?
    por
    Massimo Lorenzini
    Pode uma pessoa que comente suicídio ser salva? O que segue abaixo é minha resposta a uma mulher cujo filho cometeu suicídio. Ela disse que ele professava fé em Cristo, mas permitiu a depressão sobrepujá-lo e finalmente acabar com sua própria vida.
    Inicio a resposta…
    Estou muito triste de ler sobre a tragédia de seu filho. Você me perguntou se você deve se angustiar sobre seu ato. Primeiro esta, como você sabe, é uma questão muito difícil para se responder com certeza. Na realidade, eu não penso que ela possa ser respondida com absoluta certeza. Assim, embora possamos fazer alguns esforços para determinar a condição espiritual da pessoa, no final das contas é o juízo final de Deus sobre a alma de uma pessoa. Segundo, permita-me dizer que eu não creio que o suicídio seja um pecado imperdoável. Terceiro embora eu não creia que o suicídio seja um pecado imperdoável, eu ainda creio que ele seja pecado. Eu creio que Deus é o autor da vida e não está dentro dos nossos direitos acabar com qualquer vida, até mesmo a nossa.
    Com respeito a seu filho, eu não estou muito esclarecido sobre a natureza do testemunho Cristão de seu filho. Permita-me compartilhar com você as marcas de uma genuína fé salvadora.
    Primeiro, as seguintes evidências não provam nem desaprovam a fé de alguém:
    A. Moralidade visível – Mateus 19:16-21; 23:27
    B. Conhecimento intelectual – Romanos 1:21; 2:17ss
    C. Envolvimento religioso – Mateus 25:1-10
    D. Ministério ativo – Mateus 7:21-24
    E. Convicção de pecado – Atos 24:25
    F. Certeza – Mateus 23
    G. Tempo de decisão – Lucas 8:13-14
    Agora, aqui estão algumas provas de uma fé autêntica:
    A. Amor a Deus – Salmos 42:1ss; Lucas 10:27; Romanos 8:7
    B. Arrependimento do pecado – Salmos 32:5; Provérbios 28:13; Romanos 7:14ss; 2 Coríntios 7:10; 1 João 1:8-10
    C. Humildade Genuína – Salmos 51:17; Mateus 5:1-12; Tiago 4:6,9s
    D. Devoção à glória de Deus – Salmos 105:3; 115:1; Isaías 43:7, 48:10ss; Jeremias 9:23-24; 1 Coríntios 10:31
    E. Oração contínua – Lucas 18:1; Efésios 6:18ss; Filipenses 4:6ss; 1 Timóteo 2:1-4; Tiago 5:16-18
    F. Amor abnegado – 1 João 2:9ss; 3:14; 4:7ss; João 13:34-35; 1 Pedro 1:22
    G. Separação do mundo – 1 Coríntios 2:12; Tiago 4:4ss; 1 João 2:15-17, 5:5
    H. Crescimento espiritual – Lucas 8:15; João 15:1-6; Efésios 4:12-16
    I. Vida obediente – Mateus 7:21; João 15:14ss; Romanos 16:26; 1 Pedro 1:2,22; 1 João 2:3-5

    Se a primeira lista é verdadeira sobre uma pessoa e a segunda lista é falsa, há motivo para questionar a validade de uma profissão de fé. Todavia se a segunda lista é verdadeira, então a primeira também será.
    Agora, visto que eu não conheço o testemunho de seu filho, eu não estou na posição de dizer se ele era um Cristão ou não. Você terá que olhar para o seu testemunho à luz da Palavra de Deus como eu compartilhei com você e tentar discernir isto tão difícil como ele possa ser.
    Após fazer isto, se você crê que ele possuía uma fé genuína, então pode ser que ele fez a decisão de acabar com sua própria vida em um momento de confusão sem realmente pensar sobre isto. Neste caso é possível que o ato não necessariamente mostre que ele não era um crente verdadeiro. Por outro lado, pode ser que embora seu filho reivindicasse ser um crente, este ato final de suicídio demonstre seu verdadeiro caráter; que ele na realidade não era um crente verdadeiro durante todo o tempo. Este ato pode representar um ato final de incredulidade e uma rendição ao desespero e à desesperança antes do que a uma confiança no Deus vivo.
    Assim é como John MacArthur, um professor da Bíblia muito respeitado hoje, responde a questão:
    Pode alguém que comente suicídio ser salva? Suicídio é um pecado grave equivalente ao assassinato (Êxodo 20:13; 21:23), mas ele pode ser perdoado como qualquer outro pecado. E as Escrituras claramente dizem que aqueles redimidos por Deus foram perdoados de todos os seus pecados – passado, presente, e futuro (Colossenses 2:13-14). Paulo diz em Romanos 8:38-39 que nada pode nos separar do amor de Deus em Cristo Jesus.
    Se um verdadeiro Cristão cometer suicídio em um tempo de extrema fraqueza, ele ou ela será recebido no céu (Judas 24). Mas nós questionamos a fé daqueles que tiram suas vidas ou até mesmo consideram isso seriamente – é bem provável que eles nunca tenham sido verdadeiramente salvos.
    Eu digo que porque os filhos de Deus são definidos repetidamente nas Escrituras como aqueles que têm esperança (Atos 24:15; Romanos 5:2-5; 8:24; 2 Coríntios 1:10, etc.) e propósito na vida (Lucas 9:23-25; Romanos 8:28; Colossenses 1:29). E aqueles que pensam em cometer suicídio fazem assim porque eles não têm nem esperança nem propósito em suas vidas. Além do mais, alguém que repetidamente considera o suicídio está praticando pecado em seu coração (Provérbios 23:7), e 1 João 3:9 diz que “aquele que é nascido de Deus não comete pecado”. E finalmente, suicídio é freqüentemente a última evidência de um coração que rejeita o senhorio de Jesus Cristo, porque ele é um ato onde o pecador está tirando sua vida com suas próprias mãos completamente antes do que se submetendo a vontade de Deus para isso. Certamente muitos daqueles que tiraram suas vidas ouvirão aquelas terrificantes palavras do Senhor Jesus no julgamento – “Eu nunca vos conheci; Apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade” (Mateus 7:23).
    Assim, embora seja possível para um crente verdadeiro cometer suicídio, nós cremos que esta é uma ocorrência pouco comum. Alguém, considerando o suicídio, deve ser convidado acima de tudo para examinar a si mesmo para ver se ele está ou não na fé (2 Coríntios 13:5).
    [Fim da citação de MacArthur]
    Assim, para responder sua questão, você precisa avaliar da melhor maneira que puder, pela Palavra de Deus, se ele era um verdadeiro Cristão ou meramente um falso. Isto não será fácil, eu sei. Se você está convencida, pela Palavra de Deus e não por suas emoções ou qualquer outro padrão, que ele era um verdadeiro Cristão então você pode esperar ver seu filho novamente no Céu. Que sua confiança descase em Deus e na Sua Palavra e uma vez feita a avaliação sobre a condição de seu filho, não permita que você mesma seja influenciada pelas suas emoções ou pela reação de outros. Mas no final das contas, nosso julgamento concernente a uma pessoa ser salva ou não é limitado e não final. Apesar de podermos ter certeza de nossa salvação (1 João 5:13), somente Deus pode fazer a avaliação final sobre a alma de outra pessoa.
    Quanto a você, possa a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo, estar com você (2 Coríntios 13:14).

    • Grande Lima… Sempre completando e enriquecendo os nossos debates com seus raros textos.

      Muito bom… Coloca novamente uma “vírgula” no meio das nossas idéias.

      Fica com Deus

  18. Thiago Fonseca disse:

    Paz e Graça!

    O salvo, aquele que creu em Cristo, um eleito por Deus que comete suicídio sofrerá disciplina, será privado do Reinar com Cristo durante o Milênio.

    Thiago Fonseca

  19. Fabricio disse:

    Tá ficando comum aki no blog isso. O Duarte expõe um assunto. Não o impõe. Ae um monte de gente vem, distorce as palavras, briga, grita, estribuxa sem fundamento nenhum. Ae o Duarte com muita sabedoria e classe, vem e mostra na biblia tudo direitim. O importante é que estamos evoluindo. Pelo menos os que querem. E crescendo na graça , no conhecimento e cheios do Espírito Santo.

    • Thiago Borges disse:

      Fala, Alvrex.

      Eu não falei que estou falando em nome de ninguem, mas coloquei meu nome por que falo por mim mesmo baseado naquilo que tenho aprendido durante minha vida.

      Já falei que admiro o Duarte, por sinal nos damos muito bem, mas discordo de algumas das ideias dele, assim com não concordo de vez enquando com as suas, não é verdade?

      Não quero atingir ninguem, até por que não podemos levar pro lado pessoal. Estamos em um blog descutindo temas muitos polêmicos e deixei a minha opinião. Por sinal, até agora ninguem me provou o contrário.

      Fala Dário,

      E se o Duarte estiver certo e eu errado? Respondo, vou aprender a verdade. Ninguem é dono da verdade à não ser Deus e nesta vida temos que crescer. Agora é verdade que sou conservador, mente antiga como vc mesmo disse, mas este é meu esfoçio em permanecer no caminho certo, esforço em tentar acertar.

      Não aceito qualquer ídeia, até por que vai de encontro com aquilo que aprender pelos meus antepassados. Me é melhor assim, do que ser levado por qualquer vento de doutrina. OBS: Não estou fazendo menção o tema proposto … para evitar mais polêmica.

      Em minhas atuais convicções eu não concordo com o Duarte, até mesmo por que como el emesmo disso, ele só expos o assunto e não deu um ponto final.

      Abraços.

  20. Thiago Fonseca disse:

    A Tradição e suas algemas!

  21. waldson junior disse:

    meu querido Duarte… estou de volta e na area…

    cada vez mais vc me convence que pensar por pensar e vaidade…

    comcordo que vc nao esta fazendo apologia ao suicidio…pq o pouco tempo que te conheco posso perceber isso…vc ama a vida…

    quanto ao suicidio nao ser pecado para levar ao inferno… te faco uma pergunta…

    qual a diferenca entre homicidio e suicidio?

    vc concorda que so muda o alvo…?o destino e a funcao e a mesma!

    enfim…

    Apocalipse
    22:15
    Ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira.

    fique na paz.

    • Waldson,

      O nosso irmão Lima postou um artigo acima que falava justamente sobre essa indagação:

      “Pode alguém que comente suicídio ser salva? Suicídio é um pecado grave equivalente ao assassinato (Êxodo 20:13; 21:23), mas ele pode ser perdoado como qualquer outro pecado.”

      Só não sei se dá tempo para pedir o tal perdão!

    • Duarte Henrique disse:

      Grande Mestre Júnior,

      Que bom que você voltou, como foi de viagem? E as meninas? Espero que tenham aproveitado. Temos muito que fazer esse ano uhuhuhu.

      Veja bem, quanto a pergunta, NA MINHA OPINIÃO, eu vejo diferença, mesmo no objeto, entre homicídio e suicídio. Senão vejamos: No homicídio um sujeito tira a vida do outro, seja por acidente (acidente de carro, por exemplo), por necessidade (você mata alguém que iria tentar te matar ou alguém da sua família, por exemplo) ou por maldade mesmo (um bandido). Existe uma relação clara de sujeito e objeto. Já no suicídio, essa relação inexiste porque, em essência, um sujeito jamais pode ser objeto de si mesmo, pois, ainda quando ele fala consigo mesmo, por exemplo, ele já é o sujeito pensante e o pensado ao mesmo tempo, inexistindo qualquer relação cognocível externa a esse processo interior. Além do mais, EM MINHA EXEGESE, o versículo do apocalipse citado não serve para qualquer tipo de homicídio, mas somente para homicídios praticados por maldade. Nem mesmo os homicídios dolosos podem ser categoricamente reprovados. Por exemplo, quando alguém mata outrem em legítima defesa. Imagine um pai que mata o cara que queria matar a filha dele. Será que ele cometeu pecado? Seria ele condenado? Concluindo, somente homicídios cometidos pela mais absluta torpeza seriam condenáveis a luz da bíblia segundo meu entendimento. Mas ainda que o suicídio pudesse ser comparado ao homicídio, seria esse o caso do suicida? Só Deus sabe…

      Abraços Mestre!

    • Rômulo de Barros disse:

      Exatamente…. Se levar ao extremo o caso do homicídio, como parece, o cidadão que um dia matou alguém estaria condenado definitivamente! Não haveria chances da redenção em Cristo…

  22. Paulynho disse:

    GALERA QUE PAPO MAIS FÚNEBRE, VAMOS VIVER A VIDA DA MELHOR FORMA POSSÍVEL, SER FELIZ COM CRISTO, EU AMO VIVER, AMO VER A LUZ DO DIA AO AMANHECER E SABER QUE ESTOU AQUI, SABE QUERO ME ENCONTRAR COM CRISTO, MAS SEM PRESSA, SE POSSÍVEL SÓ NO ARREBATAMENTO.. UM ABRAÇO… FUI

    • Animação aí galera… Sexta feira chegou!! Vamos acabar com o debate… Já deu no que tinha que dá…

      Só uma pergunta pro nosso amigo: Pauylinho é com “Y” mesmo? hehehehehahaha

  23. Maria do Carmo disse:

    Duarte, acho o seu pensamento muito inteligente e profundo. Você não é o unico que pensa de tal forma.
    Corajoso. É assim que eu o defino. Muitas pessoas pensam como você mas, não tem a sua coragem.
    Somos livres em tudo! Até para nos expressarmos.

  24. Willian Klay disse:

    É eu concordo um pouco com a ideologia do Duarte.

    Podemos ser muito simples,

    Nõa podemos julgar, se quem se matou foi ou não direto para o inferno.

    O suicídio é algo muito triste, e quem o faz está sob uma repressão, as vezes provoccada por ele mesmo terrível. Mas eu também concordo que quem tem a Jesus como Senhor e salvador, e se desliga deste mundo, “de uma forma prudente, claro”, e busca fazer a vontade do nosso pai, o suicídio e as doenças emocionais são algo que fica mais distante.

    Esse seria um bom tema para outro debate como esse. As doenças emocionais, que é algo que tem levado a muitos, ao suicídio.

    Eu não digo que, que se matou foi direto para o inferno, sem chance de salvação, não tenho o poder para julgá-lo.

    Um abraço a todos.

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